Marcas dos EUA temem guerra comercial com a China

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A China promete retaliar todas as tarifas dos Estados Unidos, mas ainda não anunciou uma resposta à proposta de Trump para novas tarifas que somam US$ 200 bilhões sobre produtos chineses no próximo mês. Já que o valor é maior do que toda a exportação dos Estados Unidos para a China, o país asiático precisará de mais do que o troco em tarifas para revidar.

Se a China empregar uma estratégia semelhante àquela usada quando seu vizinho, a Coréia do Sul, instalou um sistema de defesa antimísseis — fechando lojas e fábricas de companhias sul-coreanas e incentivando boicotes — uma grande quantidade de marcas dos Estados Unidos poderia pagar caro. Isso porque a China é fornecedor essencial e também um mercado-chave de crescimento para muitas empresas norte-americanas.

Nike

No ano passado, a China mostrou que não tinha medo de cutucar a Nike quando, em um programa da TV estatal, criticou a marca por fazer publicidade enganosa. Isso é preocupante para a maior marca esportiva do mundo porque o crescimento consistente na China estabilizou o desempenho da companhia — as vendas Nike na china subiram 21% no último ano, indo a US 5,13 bilhões. No mesmo período, a receita na América do Norte caiu 2%. E a China é um grande produtor da marca norte-americana, sendo responsável por um quinto dos seus produtos.

Starbucks

Os Estados Unidos e a China são os maiores mercados da rede de cafeterias. No ano passado, a China se destacou pelo crescimento de 7% nas vendas nas mesmas lojas, segundo Kevin Johnson, CEO da rede. A Starbuks espera manter a força com um plano de expansão acelerada que pretende abrir 600 unidades por ano para atingir 6 mil lojas até 2022. Ainda assim, já há sinais de fraqueza no país, com a queda de 2% nas vendas no último trimestre.

A Starbucks está mais exposto do que outras redes de restaurantes dos Estados Unidos porque é dona da maioria das lojas no país ao invés de vender direitos de franquia. Mas isso também pode ajudar a prevenir a rede de ataques porque Howard Schultz, o fundador da marca, é bem visto por por viajar para a região com frequência para participar de eventos.

McDonald’s

A maior rede de restaurantes do mundo está na China há quase três décadas e tem cerca de 2.600 unidades no país. A companhia reduziu sua exposição na China ano passado ao vender a divisão chinesa por US$ 1,7 bilhões para um grupo de investidores que tem aportes do governo local.

O McDonald’s manteve 20% do negócio, então a operação ainda é uma fonte de crescimento de receita para a companhia. Os novos donos planejam dobrar o número de unidades nos próximos cinco anos. Mas isso virá em meio a uma desaceleração no negócio já que as visitas de clientes está em declínio nos últimos meses.

Coca-Cola

Ainda que a China seja um dos maiores mercados da empresa de bebidas, a Coca-Cola reduziu sua exposição no país ao transferir suas operações de engarrafamento. A empresa nãi divulga suas vendas no país, mas constantemente cita a China como um de seus mercados de maior crescimento. Por muitos anos, a Sprite foi uma das maiores marcas na China.

Mattel

A fabricante de brinquedos está de olho na China para ajudar a despertar o crescimento nas vendas. O plano inclui uma parceria com o e-commerce Alibaba Group Holding feita no ano passado. Recentemente, a empresa também fechou um acordo para abrir centros de aprendizagem no país com um parceiro local que vai integrar suas marcas, incluindo a Fisher-Price. Ano passado, a Mattel, dona da Barbie e da American Girl, disse que seus negócios na China poderiam quadruplicar até 2020.

KFC

A Yum China Holdings, donas da marca KFC e Pizza Hut na China, foi o alvo dos protestos anti-Estados Unidos dois anos atrás e é fácil entender o motivo. A empresa opera a maior rede de fast-food do país, com 8.200 unidades. Qualquer pressão do governo iria dar mais dificuldades para a Yum China. A Pizza Hut está passando dificuldades e o KFC inesperadamente viu suas vendas nas mesmas lojas no último trimestre estagnarem ao passo que os jantares do público mais jovem migrarem para redes locais e de opções mais saudáveis. Especula-se que um consórcio formado pela KKR & Co., Hillhouse Capital e o fundo China Investment Corp. irá apoiar uma potencial aquisição da Yum China.

Michael Kor

Enquanto muitas marcas dos Estados Unidos estão reduzindo riscos na China, em 2016 a Michael Kors Holdings  adquiriu controle direto de seu negócio no país de um licenciado. A divisão tem 100 lojas e cerca de US$ 200 milhões de receita. A compra foi vista como forma de compensar o desaceleramento das vendas em outras regiões. A empresa também produz muitos de seus itens na China — apenas um parceiro é responsável por 20% de seus produtos.

Burger King

A Restaurant Brands International, dona da rede Burger King, tem grandes planos para a China. Daniel Schwartz, CEO do Burger King, disse recentemente que o país será o foco da expansão global da empresa. A Restaurant Brands International também levará a marca Tim Hortons para a China e planeja abrir 1.500 lojas no país. “Nós estamos animados com a China”, contou Schwartz em uma conferência recente com analistas.

Steve Madden

A marca de bolsas e sapatos fabrica 90% de seus bens na China, ou seja, qualquer perturbação em sua cadeia de fornecimento terá um grande impacto no negócio. Mesmo que a China seja um mercado pequeno para a empresa, que tem 90% de sua receita dos Estados Unidos, a nação é uma fonte de crescimento.

“A longo prazo, nós continuamos muito otimistas sobre as oportunidades na China”, disse Edward Rosenfeld, CEO da Steve Madden, mês passado em uma chamada com analistas. “Vamos aumentar os investimentos em marketing”, afirmou.

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